domingo, 7 de outubro de 2007

Falando em ambiente...

Na minha visita online pelo jornal Sol encontrei esta noticia que aqui vos dou conta.

Não sei se estão a par da nova negociata do 'engenheiro-que-não-está-inscrito-na-ordem-dos-engenheiros' Sócrates. Trata-se de um empreendimento de aquacultura em Mira, por parte da Pescanova. Mais uma vez, o nosso 'engenheiro-que-acabou-o-curso-num-domingo' considera este empreendimento como um projecto especial, inteligente, inovador e competitivo... ou seja as palavras que os nossos demagogos tanto gostam de usar, que embora sejam muito bonitas ao serem ouvidas, não passam de palavras sem qualquer conteúdo e sentido.

Aquacultura (ou aquicultura), para quem não sabe, é a criação de peixes, moluscos ou crustáceos em viveiros, um pouco à semelhança das galinhas em aviários e outros animais nos denominados 'animal-farms'. Após o conhecimento deste projecto, a Quercus já entregou uma providência cautelar para suspender o projecto. Segundo a Quercus este projecto "tem implicações graves" pois irá destruir três habitats em oito que são considerados prioritários para conservação. Tratam-se pois de três tipos de dunas ("dunas fixas descalcificadas Atlânticas, dunas com florestas de Pinus pinea e/ou Pinus pinaster e dunas fixas com vegetação herbácea").

Sobre este negócio realça ainda o nosso 'engenheiro' que "desde a apresentação do projecto ao Governo e hoje, início das obras, passaram 16 meses, o que revela o bom ambiente para os negócios que existe em Portugal.".

Bem, pelos vistos o que interessa é haver bom ambiente para os negócios... bom ambiente para Nós e para o resto das espécies não interessa para nada. É típico destes 'senhores'... Devem viver dentro de cápsulas com toda a certeza.

2 comentários:

FranciscoBarreto disse...

Pessoalmente, sou favorável à aquacultura desde que, naturalmente, se cumpram as regras. Aqui na Madeira, temos vários centros de aquacultura, também designados de maricultura, que têm como objectivo essencial a produção de peixe a fim de suprir as necessidades de peixe de costa, nomeadamente pargo, dourada, salema, bodião, etc.
A serem verdade as acusações da Quercus, ONG cuja credibilidade nem me atrevo sequer a questionar, trata-se de mais uma bacorada gravíssima do Sr. “Só Sei Que Nada Sei” que, por mais incrível que pareça, até já foi Ministro do Ambiente…

Erdna O Herege disse...

É natural que a aquacultura venha sendo usada como recurso. A escassez de peixe vem se verificando à uns anos a esta parte. (Tem tendência a piorar, pensando que somos 6 biliões, é de esperar que um dia já nem haja peixe). Eu, por principio, sou contra a aquacultura. A ideia de produzir peixe ou outro animal choca-me um bocado.

Eu parto do principio que a Quercus tem razão neste caso. Poderei estar enganado, é certo... mas sinceramente, não é a palavra do 'engenheiro' que me irá fazer pensar o contrário. Como em outros casos, ele já provou que em vez de ver ambiente vê antes cifrões. E é muito acertado o que diz... já nem me lembrava. Este 'engenheiro' já foi Ministro do Ambiente no governo socialista de António Guterres.