quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Falando de música...

Durante uma das minhas frequentes pesquisas pelo YouTube, deparei-me com este vídeo, raríssimo por sinal, que considerei bastante interessante para aqui vos deixar. O vídeo data de 1983 e mostra-nos parte de uma entrevista feita à banda anarco-punk inglesa Discharge, que já vos tinha falado neste post. Vê-se igualmente partes de uma actuação ao vivo da banda... (chamo à atenção a presença em palco do vocalista Kevin "Cal" Morris). Dá que pensar... principalmente ao vermos a postura de muitas bandas de hoje, que se auto-denominam de punks e anarcas.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Falando de capitalismo...


Aproveitando a deixa dada pelo camarada Flávio através de um comentário ao post anterior, deixo aqui umas linhas sobre algo que devemos (principalmente aqueles que ainda não acordaram para a realidade) seriamente reflectir.

Já lá vão alguns anos em que percebi (grande perspicácia a minha dirão alguns) que o trabalho tem o papel de sustentáculo dos pilares desta nossa sociedade. É de uma importância tal, que afirmo com segurança, que caso desaparece-se, esta sociedade extinguía-se. Digo isto por acreditar que hoje em dia, cada vez mais, o trabalho representa uma forma de opressão, ao contrário da imagem dignificante que os estudiosos das sociedades lhe atribuem.

Em 'grosso modo', o trabalho não passa de mais uma manobra repressiva para com as populações. Para além da censura e da coerção, o trabalho funciona como elemento castrador da liberdade do Individuo. Já os esclavagistas afirmavam que a melhor maneira de ter os negros sobre controle era pô-los a trabalhar o maior tempo possível pois assim não tinham tempo para se organizarem e se revoltarem. Connosco passa-se o mesmo.

Em Portugal (e em outros tantos países por esse mundo fora) a vida de um trabalhador baseia-se em aritmética. Um operário trabalha oito horas por dia. Está no emprego nove horas, oito a trabalhar e uma hora para almoço, que não serve para mais nada... senão almoçar. Gasta mais duas horas, no mínimo, para se deslocar de casa para o local de trabalho e do trabalho para a sua residência. Um ser humano normal tem que dormir oito horas por dia, pelo menos, para ter todas as suas capacidades físicas e psicológicas no máximo. Somando tudo temos dezanove horas, despendidas em inúmeras coisas, alheias à nossa vontade e apenas cinco horas para fazermos algo dentre o nosso gosto e desejo. Mas o pior é que num final de um dia de trabalho, a fadiga aparece... e como tal, acabamos por nos render ao comodismo do nosso sofá e ao prazer proporcionado pela 'nossa companheira' televisão. O Homem acaba por não ter capacidade para pensar e reflectir sobre a vida que leva: primeiro por não ter tempo e por fim por não ter capacidade. O cansaço é tanto que faz com que o Individuo se resigne até perante as maiores injustiças. Apenas deseja que o 'deixem em paz', sossegado na sua vida pacata.

Mas isto é uma hidra... tem muitas cabeças.

As populações poderiam muito bem recusar esta submissão... não fosse o trabalho algo tão deletério. Porque na verdade, o trabalho acaba por ganhar contornos divinos, tal qual um deus impiedoso, que embora a crueldade e o despotismo amedronte e subjugue os Homens, faz com que seja (pareça) imprescindível para a vida dos mesmos. É aqui que o trabalho faz o seu 'serviço mais sujo': faz com que o Homem precise dele para sobreviver.

A partir da Revolução Industrial o Homem deixou de produzir consoante a necessidade. Passou a produzir para vender, para gerar dinheiro, havendo necessidade ou não de se produzir grandes quantidades de produtos. Foi também aqui que os trabalhadores começaram a perder direitos e a serem explorados. Embora tenham passado três séculos, a exploração continua por parte dos senhores do capital, de uma forma maquiavélica e inexorável. Apenas as ferramentas foram mudando.

Esta verdade é simples de se ver:
os senhores do capital exploram-nos diariamente, abusando do nosso suor, e empobrecem-nos ao pagarem baixos salários, argumentando que a razão é uma crise. Ao mesmo tempo, aliciam-nos a comprar os seus produtos, que na prática não nos servem para nada. Usam o marketing para os impingir, fazendo crer que são produtos de primeira necessidade, imprescindíveis para a nossa vida. Com pouco dinheiro que temos acabamos por nos endividar para os poder comprar. Pedimos empréstimos aos senhores do capital, sujeitos a altos juros, pagando no fim muito mais do que o valor pedido. Assim, somos obrigados a trabalhar arduamente, aceitando todas as injustiças, para que assim possamos pagar as nossas dividas. Quando este processo acaba, endividamo-nos de novo por outro bem material que nos fora 'sugerido'... E acaba por voltar tudo ao inicio. É um ciclo, que em nada saímos a ganhar, ao contrário dos senhores do capital.

Durante todo o processo compramos-lhes produtos, pedimos-lhes empréstimos, pagamos juros altíssimos, trabalhamos para eles... e ainda fazemos com que os seus produtos sejam vendidos a outros, iguais a nós.

Que dizer? Genial não é?

domingo, 28 de outubro de 2007

Dando justificação...


Vivemos numa sociedade inteligente. Os senhores moldadores das sociedades, gestores deste sistema para qual todos contribuímos, estabelecem regras... e nós as aceitamos. Como podemos nós perceber o errado desta vida que levamos se não temos tempo para pensar? Nada saboreamos: não temos tempo para gostar nem para sentir. Vivemos num mundo que não pará, que está acordado 24 horas por dia. Objectivo: levar-nos à exaustão. O mundo, a sociedade, os senhores querem nos ver cansados, fracos, incapazes de reflectir. Só assim, explorando a nossa astenia, é que eles conseguem impor as suas injustiças.

É por eu fazer parte deste mundo que venho publicando menos posts, para grande frustração minha... A vida profissional assim o obriga. O tempo é escasso para poder dar conta das últimas noticias que vão aparecendo. De qualquer modo, tentarei sempre trazer algo de novo ao blog que considere relevante. Neste blog, a Revolução nunca pára.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Falando de máquina...


Li hoje (dia 23) durante o meu percurso quotidiano, feito por transportes públicos, uma pequena noticia, de um diário gratuito da capital, que me fez largar uma gargalhada 'seca'... daquelas gargalhadas que nos sai instintivamente quando vemos algo estupidamente imbecil e ignóbil. A gargalhada teve razão redobrada já que a noticia se encontrava numa rubrica do dito jornal chamada de 'Boa Nova'.

A noticia dava conta que uns investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra estão a desenvolver um projecto com o objectivo de criar robôs com capacidade de visão e de audição. (É suposto o metal ter olhos... e ouvidos também). A ideia, segundo eles, é querer que um robô tenha um comportamento idêntico ao de um humano, reagindo ao meio ambiente, de modo a que possa ser usado em âmbitos industriais e de segurança... (tipo Robocop, embora este tivesse muito mais de humano do que de máquina).

Estes investigadores farão parte de uma equipa multidisciplinar composta por especialistas de outros quatro países europeus: estarão presentes médicos, neurocientistas e especialistas em robótica. Este projecto conta com um financiamento de dois milhões de euros... (coisa pouca... as máquinas até merecem... os famintos é que nem por isso).


Eu acho sempre uma 'tremenda piada' a estas noticias. É 'tão bom' ver que o Homem cada vez mais caminha para a imbecilidade... Mas, francamente, espero que a imbecilidade tenha limite. É que eu não consigo ver qual o fundamento positivo disto. Como é possível o Homem maravilhar-se com estas suas descobertas? Que há de inteligente nisto? Conceber algo para nos substituir? É que para mim isto não é inteligência... é masturbação de ego.

É engraçado... Hollyhood até me dá razão. O mal é que estes investigadores, com QIs de um milhão, vêem filmes apenas por entretenimento e não conseguem colher qualquer tipo de mensagem através da experiência vivida pelo enredo. É que se conseguíssem eu até lhes recomendava o Terminator ou o Matrix...

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Ouvindo Extreme Noise Terror... (gostos cá da tasca).

Trago-vos hoje uma música de uma banda que mais uma vez tem grande ligação a este blog. Os autores são os Extreme Noise Terror, uma das bandas pioneiras do género crust, tendo passado por um estilo mais grind e também death. Este tema vem muito a propósito do que testemunhei no post anterior... Tirem as vossas próprias conclusões.



Extreme Noise Terror - Awakening

domingo, 21 de outubro de 2007

Falando mais uma vez de tratado europeu...

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Parece que o novo Tratado Europeu já foi aprovado pelos vinte sete estados-membros da União Europeia. Este novo tratado irá trazer uma nova realidade à Europa, ditando novas regras, normas e leis, entre outras coisas mais… que não melhoram em nada a nossa vida. (Não será mesmo esse o objectivo?). Basicamente, este tratado só irá servir os senhores detentores do capital e as suas negociatas… Facto que não é suposto sabermos.

Ao que parece, e pegando nas palavras do ‘engenheiro-de-domingos’ – “A Europa sai mais forte para assumir o seu papel no mundo e resolver os problemas da economia e dos seus cidadãos.”. Confirma-se, este Sócrates é um génio do mundo circense… (Anda a aprender com o Bush, com certeza). Ele agora tem é que aprender que há momentos em que não pode fazer palhaçadas, pois acaba por nos fazer de palhaços também, coisa para qual não estamos formados ao contrário da sua pessoa. (Qualquer dia sou preso por estar a ofender tão ilustre ser.)

Já tinha tocado neste assunto, no inicio deste mês, através deste post, onde dei conta de uma sondagem que mostrava que a maioria dos portugueses queriam um referendo sobre o novo Tratado Europeu. Ao que parece, os nossos governantes (assim ele não se sente discriminado, não falo só dele...) além de palhaços são também surdos, pois desprezaram por completo a vontade da população... (Como já é costume fazerem).

Assim sendo, lá nos iremos resignar e a aceitar este novo tratado, que embora não se denomine de Constituição Europeia, como tanto eles queriam no inicio, acaba por ter o mesmo efeito, (como foi recusada pelos franceses e holandeses através de referendo, lá tiveram que mudar o nome). Basta vermos este exemplo: Artigo I – 6º: “A Constituição Europeia e o Direito adoptado pelas Instituições da União, primam sobre o Direito dos Estados-Membros.” (Parece coerente, não parece?).

O ‘engraçado’ disto tudo é os eurocratas quererem impor uma mesma lei a vinte sete países, marcados por realidades completamente diferentes. Considerando à partida que qualquer medida do nosso governo, apoiada pela lei, é errada e injusta por ser cega ás diferentes realidades do país (a realidade de um algarvio não é a mesma que um lisboeta, nem de um minhoto), esta constituição europeia, chamada hipocritamente de Tratado Europeu, erra a dobrar. Nunca os burocratas de Estrasburgo saberão o que é melhor para mim enquanto lisboeta, como também não saberão para um alentejano, nem para um parisiense, um romano, um madrileno e por aí fora. Acreditar no funcionamento leal e justo desta lei megalómana é pura ingenuidade. (E eles não são nada ingénuos, acreditem).

Pois bem, é só termos que esperar até Dezembro deste ano para que o Tratado Europeu se assine…

PS: Mês e meio é suficiente para uma Revolução?

sábado, 20 de outubro de 2007

Ouvindo Napalm Death... (gostos cá da tasca).

Já que o Flávio falou desta música num comentário a um post anterior, aqui vos deixo uma cover da música, originalmente tocada pelos Dead Kennedys, emblemática banda punk, natural de São Francisco na Califórnia.



Napalm Death - Nazi Punks Fuck Off

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Falando em programas nucleares e em bêbados...


Parece que George W. Bush (sim, aquele ex-governador do estado do Texas com problemas de alcoolismo) está preocupado com uma possível 3º guerra mundial. Numa conferência presidencial na Casa Branca, George alerta a comunidade internacional para o perigo proveniente do programa nuclear da Republica Islâmica do Irão.

Confesso que sempre achei que este George tinha jeito para a coisa... (para as piadas, claro). De certo que ganhou este dom particular de dizer piadas nos dias em que estava alcoolizado quase 24 horas por dia.

Mas o George esquecesse que já não está no dias em que o seu emprego era ser cowboy embriagado. Agora em vez de fazer papel de bêbado, tem que fazer é de palhaço... (acho até que ele consegue fazer as duas coisas ao mesmo tempo e bem... é um virtuoso este homem!), já que o cargo de presidente dos EUA não é nada mais que isso.

Ora bem, o caro George podia era fazer o seguinte num dos seus dias de folga (sim, os palhaços também precisam de folgas): se não quer que hajam países com armas nucleares, podia dar o exemplo e mandava desmantelar todas as armas nucleares dos EUA... (Ah, e já agora as dos companheiros israelitas também... como se fosse um bónus) Isso sim seria uma ideia de génio... com sabor especial por vir de um palhaço ébrio.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Usando o humor...

O que vale é ainda não haver um 'manual para cartoons'...


- por Pedro K.

Falando de censura...

Ao que parece, o governo quer elaborar um 'manual de normas', que ajude os policias a 'regular' as manifestações, dando informações de como agir em determinadas situações que possam eventualmente aparecer. Isto é o seguimento do que aconteceu à umas semanas atrás (relatadas por mim aqui na tasca) em que policias visitaram sedes sindicais, com o intuito de dar algumas 'recomendações' acerca da manifestação que iria ocorrer.

Esta é mais uma típica jogada deste nosso governo repressor, quase digna de um regime totalitário. Já que os policias (a mando do estado, claro está) na semana passada foram acusados de abuso de poder e de cometer um atentado contra a liberdade de expressão, a quando da visita aos sindicatos para dar recomendações, o estado decide então puxar os cordelinhos e modificar a lei de modo a que passe a ser legal controlar as manifestações... É sem dúvida de um maquiavelismo déspota!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Lembrando Full Metal Jacket...

Deixo aqui o trailer desta brilhante longa-metragem do mestre Stanley Kubrick. Recomendo vivamente verem este filme.

Falando em guerra...

Se há momentos em que o Homem toma lugar, assumindo o papel principal, criador de algo terrível, é sem dúvida quando desencadeia a guerra. Eu divido a história da guerra, cronologicamente falando, em duas fases: guerra antes da pólvora e guerra depois da pólvora. Como já aqui referi num post anterior: de todas as más descobertas do Homem, a pólvora toma o primeiro lugar. Repugna-me, como o Homem é capaz de se maravilhar com tal pérfida criação, juntando igualmente, as armas-de-fogo, as bombas, os misseis, et cetera. Não aceito como se consegue matar sem se olhar nos olhos do inimigo... (Haverá maneira mais cobarde de matar?) Sempre considerei a guerra dos antigos muito mais nobre. A guerra era ganha pela força que empunhava a espada, pela coragem que fazia os homens avançarem com os gumes em riste, pela vontade de mudar algo pelas próprias mãos... ao contrário do simples premir do gatilho.

Esta introdução vem ao encontro de uma noticia que li na minha habitual 'viagem' online pelo semanário Sol, que aqui vos dou conta.

Segundo o Sol, o Reino Unido começa a preocupar-se com a saúde mental das suas tropas. Agora no começo da retirada das forças britânicas do Iraque, "o pessoal médico já iniciou o processo de tratamento dos soldados, tanto físicos como mentais". Parte destes soldados estão em serviço já à dez anos, seis a quando da invasão do Afeganistão e queda do regime Taliban e outros quatro de invasão do Iraque e queda do regime de Saddam Hussein.

Esta medida do governo britânico foi tomada após "
críticas de famílias de soldados e organizações de veteranos", pois consideram "que o Reino Unido não está a tomar as medidas necessárias". O governo britânico já tomou providências: "Uma das medidas foi o aumento do valor pago a soldados gravemente feridos em ataques (570 mil dólares.)"... (Quanto custará uma perna nova? Ou um braço? Ou até dois? E a falta de um olho?)

Outra medida do governo britânico foi o aumento
da "verba concedida à Combat Stress, uma entidade beneficente que ajuda os veteranos que sofrem de problemas mentais graves causados pela guerra". Esta organização data do pós Primeira Grande Guerra e foi criada para ajudar veteranos de guerra que ficaram com patologias psíquicas devido ao estarem inseridos num cenário de guerra. A Combat Stress conta com "8 mil pacientes registrados, incluindo veteranos da Segunda Guerra Mundial, Guerra das Malvinas, Guerra do Golfo, dos Bálcãs e, agora, Iraque e Afeganistão".

Lembrei-me do 'Full Metal Jacket' (do mestre
Stanley Kubrick) ao ler esta notícia. Todos falam dos traumas dos veteranos de guerra, dos problemas dos soldados após terem ido para combate... mas todos se esquecem e ninguém fala do primeiro trauma que um soldado sofre: a recruta. Quando se transforma um ser humano numa máquina de matar, é natural que nada acabe bem, que nada fique como outrora. A mudança de carácter a que são sujeitos, a tortura psicológica e física que sofrem, o serem reduzidos ao estatuto de cães obedientes, é, sem dúvida, de uma crueldade atroz. Os soldados já vão sem saúde para a guerra, portanto é natural que não saiam bem dela.

Mas isto aos senhores das guerras não interessa nada...

domingo, 14 de outubro de 2007

Ouvindo Napalm Death... (gostos cá da tasca).

Acho que esta música calha muito bem... já que este fim-de-semana foi muito dado a submissões espirituais.



Napalm Death - Suffer the children

sábado, 13 de outubro de 2007

Falando mais uma vez em musica...


Para os que tiverem interessados, deixo aqui dois links referentes à banda: o profile e o myspace com musicas do ultimo trabalho.

Falando em música... (ligando a belicismo).

Aproveitando o post anterior e a referêncii a anti-belicismo feita pelo livro Panfleto Anti-Império de José Manuel Jarra, dou-vos conta de mais uma banda que tem muita ligação este blog.


Comecei a ouvir a Discharge ainda na minha tenra idade. Lembro-me perfeitamente de ouvir aquelas músicas, que seriam o meu primeiro contacto com o movimento anarco-punk. Encontrava-me no final dos anos 80 e os Discharge já vinham praticando o seu anarco-punk desde de 77. Foram dos primeiros a criar este movimento que iria durar durante a década de 80. Inspirados por bandas como Sex Pistols e The Clash, os Discharge revolucionaram todo o movimento punk trazendo uma nova visão: anti-belicista e anti-sistema, mantendo-se no underground, não querendo a fama e o reconhecimento das bandas que os inspiraram.



Lembro-me como naquele tempo estas musicas me influenciaram. Recordo o Realities of War, o primeiro single deles (ainda no tempo dos LPs em vinyl)... "War is a black hole to avoid", cantavam eles na musica que deu o nome ao single.


Recordo também o segundo single, Fight Back... "War's no fairytale, guns and bombs aren't fucking toys". Era um dos hinos da altura.


Ainda hoje estes 'velhos' continuam a dar o seu punk old-school, não com a formação original, mas ainda com o espírito antigo. Embora tenham parado por alguns anos e tendo passado por momentos de instabilidade, os Discharge continuam aí para nos transmitir a palavra de ordem: "Unite, unite, unite and fight, tomorrow belongs to us!".

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Fazendo sugestões...

Iniciando uma rubrica de sugestões literárias, trago-vos aqui um pequeno livro, que foi uma das minhas últimas aquisições nas minhas andanças habituais por livrarias, alfarrabistas e feiras de livros.


"A paz dos cemitérios cobre de terra quem faz a guerra."

Panfleto Anti-Império é um pequeno livro escrito por José Manuel Jarra onde ele tenta (e é bem sucedido a meu ver) criticar toda a ideia imperialista, particularmente a praticada pelos EUA, através de pequenas frases soltas. O jogo de palavras feito por ele, em rima, usando por vezes expressões estrangeiras, serve muito bem o seu objectivo: ridicularizar a mentalidade belicista e imperialista própria de um Homem boçal e que infelizmente cada vez mais se impõe. Este livrinho foi editado pela já extinta editora Ulmeiro. Um pequeno livro que recomendo a toda a gente.

Usando o humor...

A propósito de ambiente e de aquecimento global, eis uma imagem, perdida nos meus arquivos já algum tempo, que ilustra bem a situação...

Fazendo mais alguns apontamentos....

Aqui deixo mais alguns apontamentos, estes referentes ás ultimas da nossa imprensa:

Governo - A oposição apontou o dedo ao governo devido aos últimos acontecimentos relativos ás manifestações por parte dos sindicatos e ás visitas da policia ás sedes dos mesmos, com o objectivo de 'recomendar' quais seriam as melhores abordagens para uma manifestação. "Algo está podre na Republica portuguesa.", foi esta a ideia principal que a oposição ao governo de José Sócrates salientou. (Algo podre na Republica Portuguesa? Ninguém diria...! Mas o irónico disto é o facto da oposição dizer que há algo podre... eles sabem tão bem quanto eu, ou até melhor, os podres que há. Basicamente, esta posição é hipócrita por parte da oposição... como aliás não me espanta nada).

Cunhal - Agora que está morto e enterrado é que se vão sabendo algumas coisas... Segundo o antigo dirigente comunista Raimundo Narciso, Álvaro Cunhal demonstrava "indisponibilidade total para dialogar com elementos do comité central do partido que discordavam das orientações políticas" no final da década de 80. É através do seu livro 'Álvaro Cunhal e a dissidência da Terceira Via' que Raimundo Narciso relata esta postura do antigo líder comunista. (Pouco há a dizer sobre isto... Mas já a minha avó dizia: nunca se discute com um beato ou com um comunista).

Ambiente - Um estudo feito pela revista Nature revelou que nas últimas três décadas a humidade presente no ar aumentou 2,2%. Embora haja regiões (Austrália e África, por exemplo) em que se verifica um aumento da secura, a tendência é para aumentar os níveis de humidade, contribuindo assim para o aquecimento global do planeta e fazendo com que o calor se torne cada vez mais insuportável. (Enfim... enquanto o Homem não perceber que está a preparar a sua extinção, por contribuir para uma mudança drástica do planeta em que habita, isto irá continuar assim... A margem de manobra já é bastante ténue e não é com 'tratados de Quioto', que acabam por beneficiar os que mais contribuem para esta situação, que se irá salvar o planeta e a nossa existência).

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Citando Nietzsche... (mentalidades cá da tasca).

"Ainda existe terra livre para as grandes almas. Para aqueles que se exilam voluntariamente, solitários ou aos pares, ainda há vagos muitos sítios onde sopra o hálito dos mares tranquilos.
Ainda existe terra livre para as grandes almas. Na verdade, quando se possui pouco, tanto menos se é possuído: abençoada seja a pobreza modesta!
Onde acaba o Estado começa o homem que não é supérfluo: onde acaba o Estado começa o canto da necessidade, a única e insubstituível melodia.
Onde acaba o Estado - olhai para lá, meus irmãos! Não distinguis o arco-íris e as pontes que levam ao Super-humano?"

- Friedrich Wilhelm Nietzsche

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Fazendo alguns apontamentos...

Após ter lido a imprensa diária gratuita (referente a segunda-feira), nos meus trajectos rotineiros nos transportes públicos da capital, deixo aqui alguns apontamentos sobre noticias que me chamaram a atenção:

Dinamarca - 435 detenções foram feitas após confrontos entre a policia de Copenhaga e jovens associados à extrema-esquerda (penso eu, na vertente mais anarquista). Os confrontos foram a consequência do encerramento de um centro cultural, aberto desde 1982, ligado a culturas alternativas. O centro cultural estabelecido num prédio no bairro de Noerrebro acabou por ser vendido a um grupo cristão. A mim, não me parece que o Vaticano ande a comprar prédios... e para mim estes grupos cristãos têm sempre muito pouca credibilidade. Expondo de outra forma: entre cultura ou religião, que venha a cultura, por mais 'underground' e alternativa que ela seja... (Sim, só digo heresias...).

Genética - O biólogo norte-americano Craig Venter anunciou que conseguiu sintetizar um cromossoma no seu laboratório, utilizando substâncias químicas sintetizadas. Este feito, diz ele, é um passo importante para a eventual criação de vida artificial na Terra. (Lá anda de novo o Homem a querer brincar aos deuses... Será que custa assim tanto perceber a condição humana? Será que não entendem que artificial e vida é uma antítese?).

Sócrates - O 'engenheiro' Sócrates acusou o PCP pela a manifestação popular em Montemor-o-Velho. O primeiro-ministro já disse que "o partido comunista confunde direito à manifestação com insulto.". (Pois claro... Direitos temos, mas só alguns. Liberdade de expressão também, mas depende das expressões, pois o vocabulário tem que ser contido. Coitadas da pessoas que o insultaram... amanhã já devem estar desempregadas. Eu quase diria que isto parece um regime ditatorial, mas só quase...). Do outro lado, Jerónimo de Sousa já se fez afirmar dizendo "se os protestos fossem só de comunistas, ganhávamos as eleições com maioria.". (Ainda bem que não eram só comunistas... ainda bem!).

Cazaquistão - Esta quarta-feira será lançada a 16º missão espacial Soyuz, do cosmódromo de Baikonur. A tripulação é composta por um astronauta russo, um norte-americano e um malaio. (Muito gosta esta gente de fazer buracos no ozono. E o que me intriga mais é: o que haverá de tão importante para explorar lá para cima? Eles nem sabem em que mundo vivem quanto mais saberem os outros... pois, se calhar o problema é mesmo esse.).

domingo, 7 de outubro de 2007

Falando em ambiente...

Na minha visita online pelo jornal Sol encontrei esta noticia que aqui vos dou conta.

Não sei se estão a par da nova negociata do 'engenheiro-que-não-está-inscrito-na-ordem-dos-engenheiros' Sócrates. Trata-se de um empreendimento de aquacultura em Mira, por parte da Pescanova. Mais uma vez, o nosso 'engenheiro-que-acabou-o-curso-num-domingo' considera este empreendimento como um projecto especial, inteligente, inovador e competitivo... ou seja as palavras que os nossos demagogos tanto gostam de usar, que embora sejam muito bonitas ao serem ouvidas, não passam de palavras sem qualquer conteúdo e sentido.

Aquacultura (ou aquicultura), para quem não sabe, é a criação de peixes, moluscos ou crustáceos em viveiros, um pouco à semelhança das galinhas em aviários e outros animais nos denominados 'animal-farms'. Após o conhecimento deste projecto, a Quercus já entregou uma providência cautelar para suspender o projecto. Segundo a Quercus este projecto "tem implicações graves" pois irá destruir três habitats em oito que são considerados prioritários para conservação. Tratam-se pois de três tipos de dunas ("dunas fixas descalcificadas Atlânticas, dunas com florestas de Pinus pinea e/ou Pinus pinaster e dunas fixas com vegetação herbácea").

Sobre este negócio realça ainda o nosso 'engenheiro' que "desde a apresentação do projecto ao Governo e hoje, início das obras, passaram 16 meses, o que revela o bom ambiente para os negócios que existe em Portugal.".

Bem, pelos vistos o que interessa é haver bom ambiente para os negócios... bom ambiente para Nós e para o resto das espécies não interessa para nada. É típico destes 'senhores'... Devem viver dentro de cápsulas com toda a certeza.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Falando ainda de música...

Como falei em Cryptic Slaughter, deixo-vos aqui uns links para o caso de estarem interessados em saberem mais sobre esta simpática banda. Primeiro o profile e a seguir o respectivo myspace onde poderão ouvir a música 'Money Talks'.

Falando em música... (ligando a capitalismo).

Ao escrever o post anterior, lembrei-me de uma música que encaixa muito bem no que foi dito anteriormente... E porque considero que a música, a par da imagem, tem o poder de ajudar tanto os nossos objectivos, mais até que um simples texto (sempre considerei a palavra dita mais poderosa que a palavra escrita), irei dar conta dela aqui.

A música é da banda Cryptic Slaughter, uma das bandas pioneiras do género Crossover, e denomina-se 'Money Talks'. Aqui fica a letra:

Somebody hassles you try giving them a ten
They'll probably never bother you again
Because money talks and people listen
To get rich is the American ambition
Money talks and people listen
To get ahead and get some more
That's what this country was built upon
And all it seems to stand for
So capitalism makes you free?
This is no democracy
We have no humanity
Not in this society
The disease of greed affects us,
I think it always has
Because nothing talks louder
Than cold, hard cash
We only care about how we can get more
This country has no use for anyone who's poor
The American dream completes the scheme
Exploit the poor without remorse
Social barriers, we lie to hide
Dog eat dog with our false pride.

Cryptic Slaughter - Money Talks


O pior é que eles (EUA), querem que sejamos todos assim...

Falando de capitalismo...

Li ontem num jornal diário, distribuído gratuitamente em toda a capital, que os lucros das empresas aumentaram 66,8%. O artigo relata que as "500 maiores empresas a funcionar em Portugal (sem incluir os bancos e as seguradoras)", obtiveram um lucro de 66,8% que se traduz aproximadamente em 5817 milhões de euros de ganho. O jornal sublinha também, que num "período mais longo (2003-2006), a subida dos lucros das 500 maiores empresas atingiu 150,2%". Este estudo foi realizado pelo o economista Eugénio Rosa. Conclui então o economista que este valor "prova que o que se verificou em 2006 não é conjuntural, mas sim uma tendência profunda e estrutural que está a determinar que num pequeno número de empresas se esteja a concentrar uma parte muito grande da riqueza criada, dando aos seus proprietários lucros gigantes à custa do empobrecimento geral, quer da população quer da maioria das pequenas e micro-empresas.".

Em destaque na mesma noticia estava o valor correspondente ao aumento dos salários dos trabalhadores... 2,4%.

Sintetizado:
- Lucros das empresas é de 66,8%;
- Aumento de 2,4% nos salários dos trabalhadores;
- Lucros das grandes empresas provenientes do empobrecimento da população;
- Lucros das grandes empresas provenientes do empobrecimento das pequenas e micro-empresas.

Pergunto... É esta a 'justiça social' que os senhores do sistema tanto apregoam em tempo de eleições? É esta a 'justiça social' que usam para ganhar votos dos trabalhadores? É esta a 'justiça social' que prejudica quem ganha o seu sustento pelo suor do seu trabalho? É esta a 'justiça social' que beneficia quem já tem tanto em detrimento de quem não tem nada?

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Ouvindo Dead Can Dance... (gostos cá da tasca).

Como toquei no assunto destruição ambiental nos posts anteriores, lembrei-me desta música que fez parte da banda sonora do filme/documentário 'Baraka', que aconselho vivamente a verem.



Dead Can Dance - Yulunga

Falando ainda da Arrábida...

Como tinha dito no post anterior, aqui mostro como se encontra a serra da Arrábida nos dias de hoje.


A área aumentada desde de 1995 até 2007 terá sido pouca, o que até nem é má noticia. É uma vitória justa de todos aqueles que têm lutado para proteger a Arrábida.

Se esta medida do governo (ou melhor dizendo... negociata), for avante e a Secil aumente a cota de exploração na Arrábida, esperemos uns anos e a Arrábida já não estará assim.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Falando da Arrábida...

Nestas ultimas semanas voltou-se a falar da serra da Arrábida, da cimenteira da Secil, de destruições paisagísticas e de consequências ambientais.

O governo do 'engenheiro' Sócrates tenciona aumentar a cota de extracção da Secil na serra da Arrábida devido a 'compromissos perante a privitização da Secil' (sempre muito obscuros estes compromissos do governo, como aliás é hábito).

Foram divulgadas imagens de satélite com o intuito de mostrar ao Cidadão o panorama na Arrábida.

(Este panorama era em 1995 como a legenda o comprova. Quando puder, irei mostrar uma actual, com vista de satélite).


Como puderam ver a serra da Arrábida é parcialmente ocupada por uma aberração anti-natural denominada de Secil. Da ultima vez que a relação Governo/Arrábida/Secil foi trazida a público foi a quando da problemática das emissões de gases tóxicos para a atmosfera provenientes da queima de resíduos na cimenteira. Primeiro o governo do 'engenheiro' Sócrates autorizou a co-incineração de resíduos, medida que acabaria por ser suspensa por ordem do Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada aceitando o recurso interposto pelas autarquias locais em conjunto com o Grupo Cidadãos pela Arrábida. Desta vez, o problema não são os gases tóxicos emitidos pela cimenteira (que embora tenha sido suspensa, continua a emitir), mas sim o alargamento da zona de extracção.

Penso que todos aqueles que partilham uma paixão profunda pela Natureza se sentirão revoltados com esta medida. Mais revoltados ainda, irão se sentir todos aqueles, que para além de nutrirem uma verdadeira paixão pela Natureza, sejam igualmente uns fãs incondicionais da beleza natural que é a serra da Arrábida.

Eu sou um desses fãs, já à uns largos anos, sendo a Arrábida um dos meus destinos predilectos quando quero estar em contacto com a Terra-Mãe. E a mim faz-me uma enorme confusão (terei algum problema de visão?), quando sou obrigado a ser confrontado com isto:



Combinam não combinam?

Ouvindo Sepultura... (gostos cá da tasca).

Porque é preciso recusar... Porque é essencial resistir.



Sepultura - Refuse/Resist

Falando de tratado europeu...

"A maior parte dos portugueses pretende que seja realizado um referendo ao tratado europeu, revela o Barómetro DN/TSF/Marktest. A TSF adianta que este estudo diz ainda que a maioria entende que um acordo para este tratado será decisivo para a Presidência Portuguesa da UE.

A percentagem de pessoas que pretendem o referendo aumenta no Grande Porto, com mais de 70 por cento a desejarem esta possibilidade, contra os 57 por cento na Grande Lisboa.

Segundo este estudo, apenas 26,5 por cento consideram não ser necessária esta consulta, estando no Litoral Norte a maior parte daqueles que não desejam que esta consulta popular, com quase 40 por cento dos inquiridos desta região a rejeitar esta hipótese.(...)"

in Portugal Diário

Confesso que nunca acredito muito em sondagens (nem nestes barómetros), porque nunca sei como foram feitas e porque normalmente, no fim, não se chegam a verificar os resultados aferidos por elas. Mas, se esta tiver de facto em sintonia com a realidade, é uma boa noticia. Vamos lá ver se este nosso estado 'democrático' sempre realiza o referendo que o Cidadão tanto quer...

Na realidade, não acredito que venha a acontecer. O estado 'democrático' irá mais uma vez puxar os seus cordelinhos e irá fazer ouvidos 'mocos' ao que o Cidadão tanto anseia. Basta lembrarmos das declarações do nosso presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, em Abril deste ano ao "ser contra a realização de um referendo em Portugal sobre a próxima revisão do Tratado da União Europeia e abertamente a favor da ratificação do futuro Tratado pelo Parlamento português, sem recurso a um referendo popular.".

Palavras para quê? É a 'democracia...

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Citando Kropotkine... (mentalidades cá da tasca).

"Tudo aquilo que no Homem havia de bom, de grandioso, de generoso, de independente, esmorece pouco a pouco, enferruja-se como uma faca nunca antes usada. A mentira transforma-se em virtude, a mediocridade num dever. Enriquecer, gozar o momento, esgotar a inteligência, o arrebatamento, a energia de cada um, pouco importa como, converte-se na palavra de ordem das classes acomodadas, tal como da multidão de pobres cujo o ideal é parecer burguês. Então, a depravação dos governantes - do juiz, do clero e das classes mais ou menos acomodadas - torna-se tão revoltante que se inicia a outra oscilação do pêndulo.
A juventude liberta-se a pouco e pouco, lança os preconceitos borda fora, a crítica retorna. O pensamento desperta de imediato em alguns; mas este despertar apodera-se lentamente da maioria. Nasce o impulso, surge a revolução."

- Piotr Alexeevich Kropotkine

Lembrando V for Vendetta...



Possivelmente, a U.E. vai proibir este filme... e a B.D. também.

Falando de terrorismo...

Vi ontem uma noticia enquanto assistia o telejornal que me fez largar umas gargalhadas, embora considerar mais uma facada dada pelos senhores do sistema à liberdade do Indivíduo (não estranhem a súbita mudança de substantivo comum a próprio, irão ver muitas vezes...).

A U.E. tem ideias de começar a controlar a internet (como se já não o fizessem), tentando eliminar qualquer fonte de informação relacionada com 'conteúdo terrorista'. Tomam por 'conteúdo terrorista' qualquer site ou portal que contenha vídeos, textos, imagens onde se possa aprender a fazer explosivos e semelhantes. Dizem eles que esta ideia tem o intuito de proteger os cidadãos de todo o mundo de fanatismos ideológicos salvaguardando o bem-estar de cada um. Concluem que não se trata de uma medida repressora nem que iremos entrar num 'Big Brother' aonde cada Indivíduo é vigiado (muito gostam eles de atirar areia para os nossos olhos).

Porque será que eu nunca acredito nas boas intenções destes senhores? (Serei o único?) Quererão eles nos proteger? Ou na verdade, quererão apenas proteger suas vidas e com elas, os pilares que sustentam este sistema?

Nunca fui amigo de bombas, misseis, armas-de-fogo, et cetera, principalmente quando os alvos seriam/são humanos. Sempre considerei a bomba atómica e a pólvora como as piores descobertas/invenções que a cabeça pérfida do Homem podia ter maquinado e perante isto, sou inteiramente contra os actos terroristas que têm como alvo pessoas inocentes (falo só e apenas das pessoas inocentes pois há aqueles que não são nada inocentes e que até merecem uma bomba como prenda de aniversário... como dizem os antigos: com ferro matas, com ferro morres).

O medo dos senhores do sistema não é por Nós (para fãs de Zamiatine). Eles têm medo que o alvo seja... betão.




PS: Era tão bom que existisse um Tyler Durden...

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Abertura da tasca!

Sejam bem vindos a esta tasca.

Após algum tempo afastado das minhas lides blogosféricas, decidi voltar. Este meu regresso não terá nenhuma razão em especial para além daquela que sempre me fez participar nesta nova realidade cibernáutica dos blogs: transpor para aqui tudo o que me vai na cabeça perante certos assuntos que invadem o meu quotidiano. Dirão vocês que nada irei trazer de novo, que transposições 'ideia-blog' está a internet cheia. Sim, de facto é verdade... mas há ideias e ideais, e é essa diferença que irei realçar enquanto tiver vontade para estas andanças.

Aqui toda a gente é bem vinda. Falem, discutem, bebam uma minizinha aqui na tasca, relaxem, façam o que vos apetecer... não prometo é que reaja bem a tudo (feitio péssimo o meu, eu sei).