quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Falando de máquina...


Li hoje (dia 23) durante o meu percurso quotidiano, feito por transportes públicos, uma pequena noticia, de um diário gratuito da capital, que me fez largar uma gargalhada 'seca'... daquelas gargalhadas que nos sai instintivamente quando vemos algo estupidamente imbecil e ignóbil. A gargalhada teve razão redobrada já que a noticia se encontrava numa rubrica do dito jornal chamada de 'Boa Nova'.

A noticia dava conta que uns investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra estão a desenvolver um projecto com o objectivo de criar robôs com capacidade de visão e de audição. (É suposto o metal ter olhos... e ouvidos também). A ideia, segundo eles, é querer que um robô tenha um comportamento idêntico ao de um humano, reagindo ao meio ambiente, de modo a que possa ser usado em âmbitos industriais e de segurança... (tipo Robocop, embora este tivesse muito mais de humano do que de máquina).

Estes investigadores farão parte de uma equipa multidisciplinar composta por especialistas de outros quatro países europeus: estarão presentes médicos, neurocientistas e especialistas em robótica. Este projecto conta com um financiamento de dois milhões de euros... (coisa pouca... as máquinas até merecem... os famintos é que nem por isso).


Eu acho sempre uma 'tremenda piada' a estas noticias. É 'tão bom' ver que o Homem cada vez mais caminha para a imbecilidade... Mas, francamente, espero que a imbecilidade tenha limite. É que eu não consigo ver qual o fundamento positivo disto. Como é possível o Homem maravilhar-se com estas suas descobertas? Que há de inteligente nisto? Conceber algo para nos substituir? É que para mim isto não é inteligência... é masturbação de ego.

É engraçado... Hollyhood até me dá razão. O mal é que estes investigadores, com QIs de um milhão, vêem filmes apenas por entretenimento e não conseguem colher qualquer tipo de mensagem através da experiência vivida pelo enredo. É que se conseguíssem eu até lhes recomendava o Terminator ou o Matrix...

5 comentários:

Flávio Gonçalves disse...

A Revolução #01 já está "nas bancas":

http://revistarevolucao.wordpress.com/

Em .pdf gratuitamente, edição em papel também disponível.

FranciscoBarreto disse...

Penso que esta "aventura" deve ter sido inspirada no filme «Eu, Robot» que tem por protagonista o bem conhecido Will Smith. Gostei do filme, embora admita que, na prática, não se vislumbre para tão cedo (e ainda bem) a concretização de tal cenário. Enfim, com tanta coisa onde investir o conhecimento ciêntífico - combate a doenças, fome, problemas ambientais, etc. andamos nós a brincar à ficção ciêntífica...
O lado positivo desta estória é que, com um pouquinho de sorte, lá "descobrem" uma máquina capaz de substituir o nosso Primeiro Ministro!

Erdna O Herege disse...

Por acaso ainda não vi o filme, embora saiba que até já passou na televisão, num canal generalista... Confesso que não me despertou muito a atenção o filme, talvez por me parecer demasiado hollyhoodesco. Talvez na próxima, eu o veja.

Mas de facto, tanta coisa nobre em que podiam gastar este dinheiro e não o fazem... Começo a questionar até que ponto a inteligência do ser humano é benéfica ou não.

Também acho que uma máquina governaria melhor que o 'engenheiro'. Talvez até tivesse mais sentimentos...

Flávio Gonçalves disse...

A humanidade é maléfica por natureza, digo eu.

Eu por acaso tenho o dvd, é a incursão mais comercial do genial Alex Proyas (do qual sou fã quasi fanático) depois dos flops que foram "The Crow" (filme mais grunge não haverá) e "Dark City".

Eu tinha esperanças que ele ganhasse dinheiro com o "Eu, Robot!" para regressar ao cinema alternativo... continuo à espera =(

Erdna O Herege disse...

A natureza da humanidade ainda nos é muito desconhecida. Portanto, não a consigo classificar de maléfica, ainda mais por ser esse um dos argumentos dos repressores.

Do Alex Proyas conheço bem o «The Crow». É uma longa-metragem que nem associo muito a grunge... mais a gothic. De qualquer forma, não o considero um flop. É um filme muito bem conseguído, no meu ponto de vista, e que se tornou num filme mítico por isso mesmo, por não ter sido um êxito de bilheteira. Mesmo assim, ainda arrecadou 2 prémios em 6 nomeações.